
Aluno, do latim, quer dizer "sem luz", acho que isso não é novidade pra ninguém. É que hoje eu parei pra refletir sobre essa condição.
sinceramente, me sinto ofendido. tá que eu não sei metade do que meus professores sabem e que eu não sou um profissional em área alguma, que eu não tenho diploma, que eu não posso exercer muitos cargos, que eu nem idade tenho... mas "sem luz"?
Quem disse que dependemos de um monte de cálculos, datas e silogismos para brilhar? Quem foi tão insano ao ponto de afirmar que o brilhantismo depende de um aprendizado coordenado, pré-esquematizado e voltado ao vestibular?
E a criatividade? E a auto-expressão, o pensar, a arte, o novato também, as palavras que soam erradas no início, os pequenos prazeres da vida, o medo das coisas que não existem, o amor, todos os outros sentimentos, a leitura das imagens, as batidas de um baixo dentro da sua caixa torácica, as cores, os dizeres e aprenderes da vida? Desprezados, nada disso brilha, ou nada disso cabe a um aluno.
Sem luz eu não sou não, me chame de estudante se quiser - vou ser pra vida toda. É, eu to brilhando. Brilhando informação, to brilhando o belo, to cintilando e não pretendo parar nunca.